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Após uma década, Estado realiza novo levantamento sobre epididimite ovina

  • Foto do escritor: ASSAGRA
    ASSAGRA
  • 11 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

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A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado iniciou um inquérito sorológico para determinar a incidência da epididimite ovina no Rio Grande do Sul. O estudo tem como objetivo determinar o status da doença no Estado, assim como os fatores de risco associados a ela com o propósito de averiguar a qualidade sanitária do rebanho ovino gaúcho.

A ação, realizada pelo Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) e pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da secretaria, ocorre quase dez anos após o último levantamento, realizado entre 2011 e 2012, que mostrou uma prevalência de 2,5% nos rebanhos e 2,9% nos carneiros amostrados. O diagnóstico será realizado no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), sob a responsabilidade do médico veterinário Bruno Dall’Agnol.

A epididimite ovina é uma doença bacteriana de transmissão sexual, também conhecida como brucelose ovina. É causada pela bactéria Brucella ovis, que ocasiona grandes perdas econômicas para a ovinocultura gaúcha principalmente pela redução dos índices reprodutivos dos rebanhos. Os carneiros podem ter lesões no aparelho reprodutor (aumento do epidídimo), que causam infertilidade temporária ou permanente.

As ovelhas, por sua vez, podem ter abortos e diminuição da fertilidade, mas nesses casos a infecção não é permanente. Não existe tratamento ou vacina para a doença e a única forma de controle é o diagnóstico e sacrifício dos carneiros infectados. Ao contrário da brucelose bovina, a brucelose ovina não é transmitida para humanos.

O controle da epididimite integra o Programa Estadual de Sanidade Ovina (Proeso) da Secretaria da Agricultura, que exige dos machos reprodutores acima de seis meses de idade – para comercialização, trânsito, participação em feiras e eventos – um certificado de sanidade em relação à doença. A brucelose ovina é de notificação obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial.

O estudo deverá mostrar a efetividade ou não das ações em saúde animal aplicadas desde o levantamento anterior. Nesse caso, após quase uma década, pode ter ocorrido variação considerável, obrigando a ajustes das diretrizes originais dos programas sanitários.

Os dados gerados serão um indicativo da eficácia das medidas de defesa sanitária animal adotadas pelo Proeso, bem como servirão como base para futuras adequações nos programas sanitários da Secretaria da Agricultura e o desenvolvimento de estratégias para a erradicação da doença no Estado.

 
 
 

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